Olá a todos/as!
Hoje, na nossa rubrica semanal sobre os “Impactos do Serviço de Assistência Pessoal” iremos apresentar a visão da Assistente Pessoal Bibiana Fonseca, que está connosco desde o início do projeto e acompanha atualmente 3 beneficiários/as.
Obrigada Bibiana por este testemunho tão esclarecedor sobre o modelo de apoio à vida independente e a função do/a assistente pessoal enquanto promotor/a da autonomia e autodeterminação dos/as destinatários/as do serviço!
“Ser assistente pessoal tem sido um trabalho muito desafiante. Mostrou-me um lado da realidade que estava na sombra para mim e no qual tem sido muito gratificante evoluir e aprender. Abriu-me os olhos para partes da sociedade sobre as quais muitas vezes não refletimos ou não estamos atentos, mas que merecem ser notadas e trazidas para o cenário principal.
Não é uma tarefa fácil. É preciso saber gerir conflitos, expectativas, emoções. É preciso muitas vezes lutar contra a maré, fazendo sempre um esforço para estarmos no nosso melhor para que o melhor possa chegar ao outro lado.
Ser assistente pessoal é quase como estar num constante malabarismo, prestando sempre o melhor serviço possível para que nenhuma das peças caia ou saia danificada. É necessária uma capacidade de adaptação diária, porque diariamente os desafios mudam, os humores mudam, os obstáculos mudam.
É, também, importante para mim manter o lembrete de que, apesar de sermos uma parte essencial neste serviço, ele não é sobre mim e que, por muita boa vontade que possa ter para ajudar, não é sobre as minhas opiniões ou sobre aquilo que eu possa achar que deva ser feito. Sou uma parte que complementa, mas deverá ser sempre sobre eles, as pessoas que apoiamos. Só farei um bom serviço se lutar ao máximo para manter e respeitar a autonomia e a auto determinação das pessoas que apoio. É sobre elas e para elas que trabalhamos e saber que posso fazer a diferença e ajudar esta engrenagem a funcionar melhor é o suficiente para valer a pena.
Sem dúvida que é uma jornada constante, com altos e baixos, mas na qual o saldo será sempre positivo.”
Bibiana Fonseca
